Aqui vai minha recomendação sobre cinco tipos de empresas que você não deve aceitar em seu escritório de contabilidade, especialmente se estiver iniciando sua jornada.
São as mesmas empresas que eu recusei quando comecei e que não recomendo que você aceite.
Começando pela mais óbvia, a primeira empresa que eu não aceitaria é a empresa de LUCRO REAL.
Se você está no início da jornada, recuse essa empresa, pois o nível de complexidade em termos de legislação, obrigações acessórias e fiscalização é muito grande.
Acompanhar toda a parte de imposto de renda, contribuição social, obrigações acessórias, e-lalur, entre outras, é muito complicado. Além disso, essas empresas são as mais fiscalizadas pelo fisco federal, estadual e municipal.
Mesmo que você já tenha alguns clientes, é importante correr de empresa de lucro real se você não tiver um escritório bem estruturado com processos, rotinas e funcionários bem treinados.
O segundo tipo de empresa que eu não pegaria são as empresas de LUCRO PRESUMIDO.
Embora a complexidade seja menor do que as empresas de lucro real, elas exigem muito mais conhecimento técnico em termos de obrigações acessórias, além de ser necessário fazer com que todas as declarações batam com as informações.
O custo-benefício não compensa, especialmente se você está começando e não tem rotinas bem estruturadas.
Se você não tem pelo menos uns 50 clientes e rotinas bem definidas, saia fora de lucro presumido.
O terceiro tipo de empresa que não recomendo são aquelas do TERCEIRO SETOR, como igrejas, ONGs e outras associações sem fins lucrativos.
Essas empresas também exigem um conhecimento técnico muito específico, desde a parte tributária até a contábil.
É importante ter conhecimento das legislações do terceiro setor, o que pode ser um problema se você não for especializado nesse nicho.
Se esse não for o segmento do seu escritório, é melhor recusá-lo.
O quarto tipo de empresa que eu não pegaria são os postos de gasolina. Isso porque essas empresas têm um alto risco fiscal, especialmente em termos de combustíveis.
É importante ter um conhecimento técnico muito específico para lidar com essas empresas, o que pode ser um problema para quem está começando.
Por fim, o quinto tipo de empresa que eu não pegaria são as indústrias. Este segmento de empresa, mesmo as que são Simples Nacional, possuem cálculos muito complexos sobre Antecipação Tributária e Substituição Tributária de ICMS, além de muitos benefícios fiscais que mudam constantemente em relação á insumos e outros fatores.
Se você não tiver realmente muito conhecimento sobre isso e experiência em questões tributárias complexas, recuse esse tipo de empresa também.
E esses são os cinco tipos de empresas que eu não aceitaria em meu escritório de contabilidade se estivesse iniciando minha jornada.
Espero que essas dicas possam ser útil para você.